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Em debate, candidatos ao Governo definem Segurança Pública como prioridade

A Segurança Pública foi elencada como maior prioridade para o Rio Grande do Norte pelos candidatos ao Governo do Estado que participaram de encontro com os delegados de Polícia Civil realizado nesta quarta-feira (27). Promovido pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol/RN), o encontro contou com a presença de quatro governadoráveis e mais de 80 delegados.

 

Na ocasião, a presidente da Adepol/RN, Ana Cláudia Saraiva, expôs as dificuldades enfrentadas pela Polícia Civil e entregou a cada um dos candidatos um documento com 18 sugestões da classe para a melhoria do serviço oferecido à população. “O grave problema da insegurança que estamos vivenciando é consequência de uma política não-continuada de segurança. O baixíssimo índice de elucidação de crimes acontece por falta de investimento na área. Temos excelentes profissionais, mas o número é insuficiente para a demanda, pois hoje temos um déficit de 78% no quadro de pessoal. Não podemos mais aceitar o que vem acontecendo todos os anos que é o contingenciamento de recursos da Polícia Civil”, pontua.

 

Para a presidente, os candidatos se mostraram preocupados com a situação. “Há um clamor público por segurança em nosso Estado. O cidadão está com direito de ir e vir comprometido e, por isso, todos os candidatos se mostraram preocupados e determinados em resolver o problema”, completa Ana Cláudia.

 

O candidato Henrique Alves afirmou ser inadmissível que apenas 7% do orçamento do Estado seja utilizado para a Segurança Pública. Segundo ele, deste valor, apenas 1% é para investimento e o restante é para custeio. “Hoje quem está em casa, preso e com medo, é o cidadão de bem. Temos que inverter esse quadro e, para isso, me comprometo a unir forças com o Legislativo, Judiciário, Ministério Público e as polícias Civil e Militar. O nosso problema de Segurança é de Estado e não de Governo”, disse.

 

Já o candidato Araken Farias garantiu que, se eleito governador, os cargos de chefia da Segurança Pública serão indicados pela classe e defendeu a criação de um presídio agrícola por entender que o preso precisa estar ocupado, trabalhando. “O Governo Federal disponibilizou R$ 60 milhões para a construção de presídios no Estado e estes recursos foram devolvidos por falta de projetos. Isso não pode acontecer”.

 

O professor Robério Paulino, também candidato ao Governo do Estado, reforçou a importância do debate, citando a falta de investimentos e problemas sociais como os principais fatores para a falta de segurança pública e citou a humanização e unificação das polícias como possíveis soluções a médio prazo.

 

Encerrando o encontro, Robinson Faria afirmou que a média de homicídios em Natal já ultrapassou o índice considerado como epidêmico pela Organização das Nações Unidas. Ele garantiu que, se eleito, destinará 10% do orçamento para a Segurança Pública e que não aceitará contingenciamento de recursos da PC. A construção de uma nova sede para a Delegacia Geral de Polícia (Degepol) e o combate ao tráfico de drogas foram outras propostas apresentadas pelo candidato.