adepolrn@gmail.com (84) 3202.9443

Equipe econômica já descarta aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre

Equipe econômica já descarta aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre

 

 

Integrantes da equipe econômica já descartam a aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre deste ano, conforme vinha defendendo o Planalto. O clima entre os técnicos, segundo interlocutores, é de perplexidade e frustração, porque até o fim da tarde de ontem, havia esperança de que a proposta pudesse ser votada em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 29 deste mês.

 

 

— O governo estava virando votos a favor da reforma, já contabilizava entre 315 e 320 votos. Agora, a expectativa é de paralisação e se as discussões ficarem para o segundo semestre, aí é que as chances de aprovação são mínimas por causa da proximidade das eleições em 2018 — disse um técnico.

 

 

 

Segundo essa fonte, há uma crise institucional no país e, até que isso se resolva, tudo ficará parado. As delações dos donos da JBS, envolvendo diretamente o presidente Michel Temer jogam muita incerteza sobre o futuro político do país e o rumo das reformas, sobretudo da Previdência.

 

 

— Se o governo for assumido por uma tecnocracia, dificilmente as coisa vão andar com o Congresso que a gente tem — lamentou a fonte.

 

 

Pouco antes da notícia, líderes do governo e o presidente da comissão especial da reforma, Carlos Marun (PMDB-MS), tinham ido até o gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pra apresentar o mapeamento dos votos favoráveis à reforma. Mas diante do fato, não conseguiram nem falar com o ministro que foi chamado às pressas para uma reunião com o presidente. A intenção do Planalto era abrir uma sequência de fechamento de questão dos partidos da base em torno da reforma na próxima semana.

 

 

O deputado Beto Mansur (PRB-SP), que está auxiliando o governo na comunicação da Previdência, admitiu que os últimos acontecimentos comprometem o cronograma da reforma. Ele mencionou que os líderes estavam muito otimistas com o mapeamento dos votos, mas que ainda trabalhavam para convencer os indecisos.

 

Sem dúvida que o cronograma ficou muito prejudicado. A gente já estava apertado com o número de votos — disse Mansur ao GLOB0.

 

 

Ele destacou que um retrocesso agora vai prejudicar seriamente a economia e a geração de empregos — que ensaiavam uma retomada. Mansur evita falar sobre o rumo da reforma. Disse que vai depender de quem assumir o governo e que se for o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia , "defensor" das mudanças ainda há esperança.

 

 

FONTE: O Globo