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Presidente da Adepol cobra posicionamento da Assembleia

Cerca de 500 servidores públicos estaduais, das entidades da Segurança Pública e auditores fiscais, participaram de ato público, nesta terça-feira (8), em frente à Governadoria, em Natal, contra o atraso dos salários e a falta de programação, por parte do Governo do RN, de quando receberão os meses de outubro, novembro, dezembro e o décimo terceiro.

Delegados, agentes e escrivães de Polícia Civil, praças e oficiais PM, servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), bombeiros militares, agentes penitenciários e auditores ficais não pouparam críticas à gestão do governador Robinson Faria.


Os servidores foram “recepcionados” por grades de metal colocadas na rampa de acesso à Governadoria e durante todo o tempo do protesto as portas de vidro do local onde o governador dá expediente permaneceram fechadas.


A presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva Gomes, ressaltou a união dos servidores o que, para ela, demonstra que todos sofrem com o caos financeiro em que se encontra o Estado. “Vivemos numa incerteza, nessa insegurança. Nós estamos lutando pela sobrevivência das nossas famílias. Recebemos o mês de setembro, mas não sabemos quando receberemos outubro, novembro, dezembro e o décimo. O problema é de todos. O poder Executivo está sofrendo, enquanto os outros Poderes têm milhões em caixa. É preciso haver sensibilidade para fazer esse dinheiro retornar e ser transformado em salários. Trabalhamos e temos o direito de receber, ninguém trabalha de graça”.


Ana Cláudia ainda cobrou um posicionamento da Assembleia Legislativa: “Cada deputado tem a responsabilidade de ajudar a resolver essa questão. Precisamos que a receita líquida do Estado seja dividida de maneira justa, igualitária”.

“Precisamos nos unir cada vez mais. Com o dinheiro da repatriação, possivelmente receberemos o salário de outubro e o décimo terceiro. Nós termos certeza que se não houver recurso extraordinário, não receberemos os salários de novembro e dezembro. Isso é inadmissível. A crise é de Estado, não é de servidores do Poder Executivo”, disse a presidente da Adepol.

AUDITORES FISCAIS REFORÇAM MOBILIZAÇÃO

Na manhã desta terça-feira, os auditores fiscais do RN, reunidos em assembleia geral com mais de 150 participantes, aprovaram estado permanente de mobilização em protesto contra os constantes atrasos no pagamento dos servidores públicos estaduais.

Logo após esta deliberação, os servidores do fisco se uniram ao protesto dos servidores da Segurança Pública pela regularização do calendário de pagamento do Poder Executivo.

“Essa indefinição, mês após mês, no pagamento dos servidores tem causado muita angústia e insatisfação em toda categoria. Sabemos que o trabalho do fisco estadual é essencial para o equilíbrio das contas públicas e temos continuado a fazê-lo mesmo diante deste cenário instável de atraso de remuneração, mas não vamos aceitar passivamente permanecer com essa aflição mensal. Chegou a hora do Governo do Estado, ao lado dos demais poderes, resolver essa questão! ”, ponderou o Presidente do Sindifern, Pedro Lopes.

Mesmo neste ano de retração da atividade econômica e instabilidade política, o ICMS, principal imposto estadual, cresceu 7,87% em relação a 2015, adicionando R$ 294 milhões a mais até outubro nos cofres públicos, em relação ao ano anterior.

“É muito importante que o Poder Executivo encontre uma saída rápida para a regularização do calendário de pagamento dos servidores públicos. Sem o pagamento do salário e nem sequer definição de quando irá ocorrer, o trabalhador começa a perder o foco em suas atividades laborais. E no caso do fisco, poderá haver uma queda drástica de rendimento e produtividade, refletindo diretamente na arrecadação estadual, caso não haja a regularização imediata dessa situação”, afirma do Diretor de Comunicação, Edilson Bezerra Júnior. 

“Essa situação de atraso e indefinição mensal no pagamento dos servidores prejudica não só a vida dos servidores, mas compromete toda a cadeia econômica do Estado, pois deixam de ser injetados mais de R$ 300 milhões de reais no comércio estadual. Daí porque temos solicitado o apoio de toda a sociedade civil organizada, como a OAB, Fecomércio, CDL, bem como apelamos à sensibilidade dos demais Poderes e órgãos com autonomia financeira no que toca a confecção do orçamento público de 2017, para que sejam assegurados recursos ao pagamento dos servidores”, finaliza Pedro Lopes.

A mobilização dos servidores continua. Um debate sobre o caos financeiro do RN, mediado pela OAB, deverá ser, além de reuniões com representantes do Governo, o próximo compromisso.


Assessoria de Comunicação da Adepol RN
Com informações da Assessoria de Imprensa do Sindifern



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