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“Dentro da lei, a resposta da polícia vai ser dura”

O senhor já se situou no que diz respeito à onda de insegurança enfrentada no Rio Grande do Norte?
Fiz estudos, ouvi pessoas e li documentos sobre a situação da segurança pública no Estado. Preciso ainda palmilhar o terreno e ver se aquilo que li e ouvi está acontecendo de fato. A despeito disso tudo, cheguei a uma conclusão – da qual posso estar errado – que a segurança pública deixou de receber atenção por um longo período de tempo, do qual não sei precisar. Porém, pelo que estudei, o cidadão do RN deve ter orgulho de suas forças policiais, porque ela vem cumprindo sua missão. Vem fazendo das “tripas coração” para cumprir seu trabalho. Embora os números sejam altos, estão sob controle. Não temos, por exemplo, áreas em que seja preciso tropas do Exército para atacar e tomar esses locais. Mesmo deficiente, a polícia consegue cumprir sua missão. Preciso caminhar pelo estado todo, e vou começar isso a partir de segunda-feira, para confirmar essa impressão que tive.

O governador lhe deu liberdade para realizar ações que garantam resultados no âmbito da segurança?
Eu perguntei ao governador quais seriam os meus limites, e ele respondeu que seriam os limites legais.

Houve algum pedido em especial?
O que foi pedido é dedicação para diminuir essa percepção de insegurança que a população tem. Vi uma entrevista dele dizendo que está insatisfeito com a segurança pública. O cidadão, o Legislativo, o Ministério Público, a imprensa estão insatisfeitos com a segurança pública. Vejo que isso é um fator positivo, uma oportunidade. Porque se todos concordamos com uma mesma coisa, podemos nos unir para resolvê-la. Não sou um salvador da pátria. O que gosto é de pessoas trabalhando juntas e todos apontando para um objetivo.

Como enfrentar o atual déficit de pessoal da Polícia Militar?
Existem ações que são de médio prazo. Uma delas é a autorização para a realização de concurso público para a contratação de novos policiais militares, civis, peritos criminais e bombeiros. Essas ações estão sendo tomadas e em pouco mais de um ano estarão reforçando esse efetivo. São números significativos. Esse é o caminho.

O senhor planeja mudar a cúpula da Segurança Pública?
Toda a cúpula vai permanecer onde está. Preciso conhecer as pessoas, e confiança se adquire no dia a dia. Elas vão me ajudar a conhecer a situação em que se encontra.

Como coibir os casos de explosões de caixas eletrônicos, que grande destaque em 2015?
A informação que tenho é diferente dessa. O que recebi aqui, se você comparar com São Paulo, comparar com Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e outros estados, aqui praticamente não tem acontecido. Eu não li (sobre) nenhum caso. Me falaram de um caso que houve há poucos dias aqui em Natal (no último domingo, dia 8, no prédio da Emater, dentro do Centro Administrativo e próximo da Escola de Governo, onde funciona a Sesed), mas não vi nenhum outro caso.

Quais serão as ações imediatas de sua gestão?
Minhas ações vão ser pautadas em dois grandes blocos. O primeiro é palmilhar o terreno e conhecer as nossas estruturas. É um esforço que tenho de fazer. O segundo é darmos um combate duro à criminalidade, o que também vai acontecer em breve. Não é bom detalhar esse tipo de coisa, mas vamos fazer. Dentro da lei, a resposta da polícia vai ser dura.