Vinicius Carvalho debate proposta de unificação das polícias em audiência pública
Como relator da Comissão Especial de Unificação das Polícias Civis e Militares, o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP) propôs audiência pública para debater propostas de unificação das polícias civis e militares. Com a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da defensoria pública federal e estaduais, o debate abordou o ingresso; a efetividade; a viabilidade de padronização da matriz curricular para formação básica, treinamento e cursos de especializações.
“Nós estamos fazendo um apanhado de informações em busca de um ponto de convergência. Todos reconhecem que tem que ser feita alguma coisa. Do jeito que está não pode mais continuar”, criticou Vinicius. Segundo ele, há uma escassez de cursos de formações e vários policiais tanto militares quanto civis relatam que em 10, 15, 20 anos de carreira só tiveram treinamentos nas escolas de formação.
Para ressaltar a fragilidade dos policiais brasileiros diante das quadrilhas, o deputado destacou sua experiência durante a adolescência, em meados dos anos 70, na comunidade Pombal de Cascadura, no Rio de Janeiro, onde morou por muito tempo. “A polícia chegava e os assaltantes corriam. Hoje não acontece mais isso. Pelo contrário, o que vemos são bandidos munidos de ‘fuzis ponto 50’ para furar a blindagem de carros fortes”, lamentou.
O parlamentar republicano participará de Missão Oficial para Alemanha na próxima semana. “Vamos conhecer um pouco do trabalho que é feito lá que, assim como o Brasil, é um país federado, no qual as forças de segurança são comandadas pelos estados. Estamos em busca do que é efetivo e pretendemos pincelar aqui o que é modelo na Alemanha. Como representantes do povo, temos que ter essa sensibilidade”, disse.
Carvalho ainda ressaltou a fragilidade das fronteiras como contribuição à violência. “Temos uma fronteira extensa que, infelizmente, facilita a entrada de armas de alta capacidade bélica. Embora não gostemos de confessar, vivemos uma situação de guerra civil no nosso país. Mesmo vendo policiais nas ruas, as pessoas de bem se tornaram reféns e ficam trancadas em suas casas. Isso tem que acabar”, acrescentou.