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Deicor desartrcula quadrilha

Uma investigação que durou cerca de oito meses culminou com a prisão de seis homens suspeitos de participarem de uma quadrilha responsável pela explosão de caixas eletrônicos. Segundo a delegada Sheila Freitas, titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor), com o grupo ainda foram apreendidos armas, drogas, fardamentos das polícias Militar e Rodoviária Federal, R$ 56 mil e explosivos, que seriam usados em uma nova ação durante a noite desta quinta-feira (29).


A Operação Explosion cumpriu mandados de prisão expedidos pela juíza Ana Carolina Maranhão, da 2ª vara Criminal da zona Sul de Natal, nos bairros de Cajupiranga, em Parnamirim (onde quatro homens foram presos), e Planalto, em Natal (onde mais dois foram capturados). A delegada explicou que o principal membro da quadrilha era Odelson da Silva Lira, responsável pelo comando das operações do grupo. Além dele, foram presos Erivan Araújo Lima, natural da Paraíba, Diego Felipe Silva de Albuquerque; Emerson Faustino Barreto; Jonilson Dias Gomes; e Bruno da Silva Oliveira, paulista que responde pelo crime de tráfico de drogas em seu estado de origem.


“Eles não só faziam a explosão de caixas eletrônicos com explosivos, mas também trabalham com o uso de maçarico, como no caso do roubo ocorrido no Centro Administrativo de Parnamirim”, conta Sheila Freitas. A quadrilha é responsável também pela explosão de um terminal da Caixa Econômica Federal ocorrido no início desta semana.


A delegada detalhou ainda o modo como operava a quadrilha. “Eles fazem uma clínica geral, ou seja, além de explodir os caixas eles fazem a comercialização de armas, munições e drogas, sendo esta última responsável pela lavagem do dinheiro”, disse. “Há ainda a lavagem literal do dinheiro. Temos comprovação de que membros desta quadrilha eram responsáveis por lavar cédulas que eram manchadas durante as explosões, limpá-las. Eu classifico esse grupo como uma organização criminosa, porque eles são completamente estruturados”, afirmou Sheila.


Ao todo, foram apreendidos quatro revolveres calibre 38, uma pistola calibre 380, três espingardas calibre 12, dois coletes balísticos (Sendo um da Polícia Militar e outro da Polícia Rodoviária Federal), três tabletes de maconha, fardamentos militares e de empresas de segurança, além de duas bananas de dinamite, que seriam usadas em outro explosão de caixa eletrônico, que deveria ocorrer ainda hoje. Houve ainda a apreensão de quatro carros e uma motocicleta em posse da organização criminosa.


“Era um grupo com hierarquia, que agia no RN e em outros estados do Nordeste, com ligação também com outras organizações da região especializadas neste tipo de crime”, disse Sheila. Além dos detidos, três mulheres e pelo menos mais dois homens foram conduzidos à Deicor para prestar esclarecimentos. Este ano, foram registrados pelo menos 28 casos de explosões ou arrombamentos de caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte. O ataque mais recente foi ao terminal eletrônico da Caixa Econômica Federal, que funcionava dentro de uma farmácia no bairro de Nova Esperança, em Parnamirim.