adepolrn@gmail.com (84) 3202.9443

Filha é suspeita de mandar matar a mãe, diz delegado

O assassinato bárbaro de Normalice de Freitas Lourenço, 41 anos, morta a marretadas na manhã de quinta-feira (30), em Macaíba, teria sido encomendado pela filha de 22 anos que morava com ela. Segundo o delegado Normando Feitosa, responsável pela investigação do caso, a jovem foi apontada como mandante do crime pelo suspeito de ser o autor, o pedreiro Geraldo José Amaro do Nascimento, 41. A mulher foi presa em flagrante na madrugada deste sábado, 1º de agosto, e levada para o Centro de Detenção Provisória feminino de Parnamirim.


O delegado Normando Feitosa obteve a informação após ouvir o depoimento do pedreiro, preso na tarde de sexta-feira (31). Geraldo José Amaro confessou o crime, mas disse que o cometeu a mando da filha da vítima.


Segundo contou ao delegado, a jovem de 22 anos teria lhe oferecido o carro da mãe, um veículo do modelo CrossFox, e mais R$ 35 mil, que também pertenciam à vítima e estariam sob o banco do veículo.       

Normando contou ainda que as duas dividiam a mesma casa, sendo que a filha morava no primeiro andar, enquanto Normalice ocupava o térreo, que estava em reforma. O pedreiro trabalhava na obra.


"As duas tinham constantes e fortes desentendimentos, razão pela qual a filha teria mandado matar a mãe, segundo o pedreiro contou em seu depoimento. Ele relatou que na última discussão feia que elas tiveram, a filha falou que daria um carro e dinheiro para quem matasse sua mãe”, contou o delegado. Ainda de acordo com Normando Feitosa, o pedreiro teria falado do interesse da filha em ficar com a propriedade da mãe.


Presa e ouvida na madrugada deste sábado, 1º de agosto, ela negou envolvimento no crime. Segundo o delegado, a jovem contou que, na quinta-feira, por volta das 8h, ouviu um barulho, algo como um pedido de socorro, vindo da parte de baixo, em que a mãe morava, e perguntou o que estava acontecendo.


“O pedreiro respondeu que era só o armador que havia caído. O estranho é que a filha não desceu para ver o que estava havendo. À noite, quase 12 horas depois, ela, o marido e um vizinho encontraram o corpo. Perguntei por que não tinha dado pela falta da mãe e a procurado antes. Ela respondeu que a mãe costumava sair e passar o dia fora”, disse o delegado, que não acredita na versão da filha. “Para mim, estava tudo arquitetado”.


Antes do pedreiro Geraldo José Amaro ser preso, o delegado Normando Feitosa foi até o município de Ielmo Marinho e ouviu a mãe do suspeito de cometer o crime. Ela contou que seu filho já havia lhe dito que tinha matado a mulher a mando da filha de 22 anos.


Geraldo levou o carro e dinheiro da vítima. Com parte dele, teria comprado um outro veículo por R$ 21 mil. Em sua casa, a polícia encontrou R$ 6 mil. Normalice foi morta a golpes de marreta e encontrada com os pés e mãos amarrados e o corpo enrolado em lençóis.