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Aumento de homicĂ­dios no RN

Até 31 de dezembro de 2013 o número de homicídios no Rio Grande do Norte já ultrapassava 1600 durante o ano. Enquanto estados vizinhos, como Paraíba e Pernambuco, anunciam terem conseguido reduzir os números de crimes contra a vida, no RN os números denunciam o aumento desse tipo de delito na capital e região metropolitana. É apontado que São José de Mipibu, Macaíba, Parnamirim, Mossoró e Natal lideram o ranking das cidades mais violetas do estado com 40, 104, 125, 179 e 569 homicídios, respectivamente.

 

Recente matéria divulgada pelo Jornal Tribuna do Norte (31.12.2013) apontou números, confirmados pelo Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Marcos Dionísio. Segundo apontou a matéria jornalística, no último dia do ano, o Rio Grande do Norte já havia atingido a marca de 1.636 crimes de homicídios. De acordo com os dados levantados pelo citado Conselho, São José de Mipibu, Macaíba, Parnamirim, Mossoró e Natal lideram o ranking das cidades mais violetas do estado com 40, 104, 125, 179 e 569 homicídios respectivamente. Segundo o coordenador do Direitos Humanos, Natal teve um aumento de 25% no número de homicídios em relação ao ano de 2012. A zona Norte da capital continua sendo a região com maior incidência desse tipo de crime. Macaíba é a cidade onde o número de homicídios mais cresceu em 2013.

 

As causas para o crescimento desenfreado da violência são várias, dentre as principais está a sensação de impunidade, motivada por diversos fatores. A falta de condições para investigação dos crimes, muitas vezes não elucidados, fomenta a violência. O sucateamento da Polícia Civil, insuficiência de efetivo e a falta de estrutura do Instituto Técnico Científico de Polícia travam as investigações.

 

A falta de punição leva a banalização da violência, frustração dos policiais que não têm condições de exercer seu papel e ao sofrimento das famílias que perdem seus entes queridos, comprometendo a credibilidade no sistema estatal de repressão.

 

A Polícia Civil do Estado tem um déficit de efetivo de mais de 70% de pessoal. O último concurso, cuja turma concluiu formação em 2010, até hoje aguarda  nomeação. As reposições de pessoal feitas por desocupação de vagas em casos de morte e aposentadoria de servidor não representam nenhum aumento de efetivo, impossibilitando a efetivação de todos os projetos de criação e implantação de novas unidades, como por exemplo a Divisão de Homicídios, cujo processo tramita há anos aguardando condições para tal.

 

A falta de investimentos nas polícias, de condições de trabalho, valorização profissional e política de Estado na área da segurança, redundam no quadro atual no qual a sociedade encontra-se amedrontada, sentindo-se aprisionada e impotente diante das estatísticas e crimes rotineiramente noticiados.

 

 

 

Fonte: Adepol-RN