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USP produz tecnologia para segurança pública em smart cities

USP produz tecnologia para segurança pública em smart cities

 

 

Todos os dias, milhares de pessoas circulam pela Cidade Universitária da USP, em São Paulo. O público é diverso: funcionários, estudantes, professores, praticantes de atividades físicas, pessoas que buscam serviços oferecidos pela Universidade, ou mesmo moradores que usam o espaço como passagem.

 

 

Para monitorar o campus e aumentar a sua segurança, uma pesquisa da Escola Politécnica (Poli), em parceria com a empresa chinesa em tecnologia Huawei, desenvolveu o Smart Campus.

 

 

Ele é um sistema que utiliza dispositivos e câmeras de alta tecnologia para identificar pessoas em atividades suspeitas dentro da Cidade Universitária. Esses dispositivos detectam rostos e objetos e enviam as informações para um banco de dados em nuvem que, por sua vez, é capaz de identificar a pessoa se ela estiver cadastrada no sistema. Se houver indícios de atividades suspeitas, o sistema envia um alerta de segurança.

 

 

O Smart Campus foi desenvolvido durante a pesquisa de doutorado de Fabio Henrique Cabrini no Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos (PSI) da Poli. Ele também é o atual responsável técnico do Fiware Lab de São Paulo, onde engenheiros e empreendedores podem desenvolver e testar suas ideias para tecnologia.

 

 

“A ideia é que esse sistema permita realizar um monitoramento de forma não intrusiva, sem expor as pessoas. É um sistema de vigilância, de monitoramento para se observar tumultos, problemas que possam vir a acontecer, como atos de vandalismo na Cidade Universitária”, explica.

 

 

Além da Poli, outras unidades também participam do projeto estudando lugares apropriados para instalar o sistema e analisando questões jurídicas do monitoramento e armazenamento de imagens.

 

 

“Estamos trabalhando para que no futuro a ferramenta consiga identificar o caminho que a pessoa faz dentro da Universidade e possa até traçar o perfil da mesma”, contou Cabrini.

 

 

Para isso, ele afirmou ser necessário o desenvolvimento de uma infraestrutura de comunicação melhor do que a que existe atualmente, uma vez que o tempo de resposta entre os dispositivos, denominado latência, pode sofrer atrasos mesmo com a tecnologia 4G. Devido a esse problema, a Poli e a Huawei já estão trabalhando com projetos nesse sentido, e até falam na construção de uma comunicação 5G

 

 

Segundo Moacyr Martucci Jr., um dos professores responsáveis pela parceria com a empresa chinesa, a tecnologia testada na Cidade Universitária pode ser aplicada a qualquer município.

 

 

“Estamos na primeira fase, ou seja, desenvolvemos uma tecnologia”, explica o professor. “Para chegar até as cidades, precisamos transformar isso em inovação para o ambiente industrial. Primeiro, fizemos a pesquisa. Agora, testamos em ambientes reais, para depois lançar o produto e aplicar nas cidades.”